“Um Lugar Silencioso – Parte 2” | Review: Krasinski nos dá mais ação e menos silêncio. Confira!

A sequência do sucesso de John Krasinski, o Jim Harper de The Office, finalmente chegará ao Brasil!! Após inúmeros adiamentos, “Um Lugar Silencioso – Parte II” da Paramount Pictures, chega aos grandes circuitos do país amanhã 22 de julho. O longa que estreou nos Estados Unidos em 28 de maio, possuiu diversas alterações devido a pandemia da COVID-19 e ao fechamento das salas de cinema. Sem mais enrolação, bora conferir o review?

Krasinski, retorna à direção e assina o roteiro sozinho. Emily Blunt (Diabo Veste Prada, O Retorno de Mary Poppins), Millicent Simmonds e Noah Jupe estão de volta com atuações marcantes e de pura entrega. Chegam pra somar a história Cillian Murphy (Peaky Blinders) e Djimon Hounsou (Guardiões da Galáxia).

“Um Lugar Silencioso Parte II”, inicia com um flashback aterrorizante da história nos mostrando exatamente como toda a invasão alienígena aconteceu. O fatídico “Dia 1”, onde a cidade toda se reuniu em um jogo escolar de beisebol. Dúvidas que todos nós possuíamos sobre o que tinha acontecido.

A sequência nos apresenta o sério e misterioso Emmet (Cillian Murphy), um dos pilares do filme, e acompanhar a construção de sua personagem é um exercício cênico profundo. Emmet é um antigo amigo da família Abbott e sobrevivente dos acontecimentos. O ator representa um homem entregue a solidão e a perda, alguém corrompido pelo egoísmo que a necessidade de sobreviver o provocou. E isso muda no reencontro com Evelyn (Emily Blunt) e seus filhos, buscando refúgio em meio a um mundo pós-apocalíptico.

O filme nos convida a embarcar na jornada destes personagens, porque agora precisam enfrentar os terrores do mundo exterior enquanto lutam não apenas com as criaturas “caçadoras de som” para sobreviver, mas com um mundo novo e cheio de desafios.

A franquia já é considerada uma das grandes novas obras de Terror/Thriller Psicológico. É um dos longas mais aguardados do ano, capaz de deixar o espectador frenético na cadeira, nos dando todo o clima de tensão e angústia com uma narrativa que desperta adrenalina.

Dividida em arcos simultâneos, mas o longa apresenta boa representação sobre a ordem dos acontecimentos, principalmente no ápice de suas cenas de tensão. A alternância de um núcleo para o outro através de seu dinamismo é a cereja do bolo. Com o uso desta técnica, era possível compreender, “em tempo real”, as várias intervenções das personagens.

Como a jornada de Evelyn Abbott (Emily Blunt), que viu seu marido e filho morrerem para os monstros, necessita encontrar forças para cuidar de seu bebê recém-nascido e de seus outros dois filhos em meio ao caos existente. E a jornada de Emmet (Cillian Murphy), na qual acompanhamos seus sentimentos renascerem, especialmente com o desenvolver da sua relação de cumplicidade com Regan (Millicent Simmonds) na iminente busca de acabar com essas criaturas.

A ligação existente nos dois filmes é um prato cheio aos fãs. Dando a eles as referências a grandes clássicos do cinema como “Sangue Negro”, “Onde Os Fracos Não Têm Vez” e “Bravura Indômita”, dentro outros, fazem com que o longa-metragem atinja diversos públicos, além de possuir detalhes valiosíssimos nos cenários, como o prego na escada em que Evelyn se machuca e a Nave Espacial de brinquedo do Beau Abbott (Cade Woodward), nos remetendo à narrativa passada, são grandes acertos do filme.

O novo filme da franquia cumpre o que se promete e os seus 97 minutos passam voando, nos deixando com gostinho de quero mais. Apesar de não nos surpreender como o primeiro, Krasinski volta a nos presentear com um novo e conceitual longa de terror.

Confira o Trailer: