Com “expectativas realistas”, pilotos brasileiros buscam evolução na 10ª temporada da Fórmula E

Nesta semana, a Fórmula E realizou uma cerimônia de lançamento do E-Prix de São Paulo 2024, etapa brasileira que marca presença no calendário da próxima temporada do Mundial de Carros Elétricos, e que teve presença dos representantes nacionais no grid: Lucas di Grassi e Sérgio Sette Câmara.

Será a quarta temporada completa de Sette Câmara na Fórmula E, a quinta temporada que participa (ele ingressou no mundial durante o Festival de Berlim, que encerrou o sexto ano durante a pandemia com seis provas em nove dias no Aeroporto de Tempelhof).

Na temporada passada, Sette Câmara fez a sua estreia na NIO 333 Racing, que ao final do mundial mudou de nome: agora se chama ERT Formula E Team. Essa será provavelmente a única mudança significativa dentro do time, já que o brasileiro segue com o britânico Dan Ticktum como companheiro de equipe, e o carro não terá alterações significativas para sonhar com pódio ou vitórias.

“O Dan é um cara que tem temperamento bem eufórico. No começo, pensei que podia não funcionar. Mas ele é um companheiro de equipe muito bom, a gente trabalha bem junto e tem uma ideia parecida do que queremos do carro. Tentamos caminhar na direção certa. É um campeonato muito competitivo, o nível de engenharia das equipes é bastante nivelado. Levamos a equipe para a direção certa, mas os recursos têm grande influência, e existem equipes com quase o dobro de funcionários em relação ao nosso time”, explicou Sette Câmara.

Enquanto Sérgio Sette Câmara terá poucas novidades, o cenário de Lucas di Grassi não é tão diferente assim. Após um campeonato atípico para o brasileiro, que é detentor de diversos recordes na Fórmula E e tem um título da categoria no currículo, ele trocou a Mahindra pela ABT Cupra, time pelo qual disputou os primeiros anos na competição de carros elétricos.

Porém, não dá para se animar tanto: a ABT atual é bem diferente daquela dos primeiros anos de Fórmula E. Na temporada passada, o time terminou em último lugar no Mundial de Equipes, usando justamente o powertrain da Mahindra.

Apesar dos problemas da temporada passada, e de não ter como fazer grandes modificações nos carros, Di Grassi segue confiante que o próximo campeonato seja o ponto de partida para que a equipe possa evoluir nas temporadas seguintes.

“Temos de ser realistas. Estamos num processo de melhoria. O objetivo é melhorar em relação ao ano passado, ser mais consistente, voltar aos pontos e aos pódios. Ano passado foi muito difícil. Mas é uma equipe que eu conheço muito bem. Junto dessa equipe, fiz sete temporadas, 11 vitórias, mais de 36 pódios, mais de 800 pontos, estou muito à vontade. E posso falar que é um contrato de longo prazo, então estarei na Fórmula E por mais alguns anos”, completou o campeão da terceira temporada da Fórmula E.

A próxima temporada da Fórmula E terá início em janeiro de 2024, na Cidade do México. Pelo segundo ano consecutivo, São Paulo será palco dos GEN3, em prova prevista para o dia 16 de março de 2024, no Sambódromo do Anhembi. Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos no site da Eleven Tickets.

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