O jornalista, assessor e sexólogo (não atuante) Rick Nóbrega, 42 anos, paulistano, fundador da agência de PR e do site DeuClick — especializado em comportamento jovem (Geração Z e Y) — segue sendo uma das vozes mais fortes na luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+ em São Paulo. ️
Com uma trajetória marcada pelo pioneirismo, Rick foi responsável por dirigir o primeiro documentário sobre a Parada LGBTQIA+ de São Paulo, “Parada do Orgulho LGBTT SP – O Outro Lado do Arco-Íris”, lançado lá em 2007… e que, infelizmente, ainda segue muito atual.
Agora, ele joga luz sobre um tema tão urgente quanto pouco falado: o envelhecimento da população LGBTQIA+. ️
A 29ª edição da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, considerada a maior do mundo e organizada pela APOLGBT-SP, rola no dia 22 de junho com um tema super necessário:
➡️ “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”.

O foco? Dar visibilidade aos desafios que pessoas LGBTQIA+ enfrentam ao envelhecer, como abandono, ausência de políticas públicas e, claro, o peso do etarismo — inclusive dentro da própria comunidade.
“Pensamos em fazer um documentário sobre isso já faz um tempinho, muito por conta dos problemas com aposentadoria. Muitos não são CLT, outros viveram o auge da juventude e gastaram tudo. Tem também quem saiu do armário já mais velho e foi abandonado pelas famílias que formaram enquanto estavam no armário por toda uma vida”, conta Rick. ️
Ele ainda faz um alerta sobre como o cenário atual — super digital e com relações mais fluidas — também influencia no senso de pertencimento.
“A geração Z encanta pela beleza, mas carrega uma força no etarismo como nunca vimos antes. Tudo isso escancara a solidão gay de uma forma diferente”, reflete Nóbrega.
E ele não para por aí! Mesmo sendo uma comunidade que historicamente sofre ataques, Rick lembra que há muitos preconceitos reproduzidos internamente.
“A gente também discrimina — por classe, peso, cor. A sabedoria da Parada foi jogar luz nisso agora”, dispara. ️

Este ano, mesmo sem produzir um projeto audiovisual específico, o DeuClick adotou uma postura firme (e necessária!): vetou qualquer publicação de marcas que só lembram da comunidade em junho, mas não têm ações concretas de inclusão e diversidade. ️
“Pra que uma matéria, uma publi de produto ou serviço — como rolou recentemente com uma marca de energético — seja publicada, nosso editorial faz questão de perguntar: tem licença paternidade pra casais gays, cis ou trans? O parceiro entra no plano de saúde? Tem comitê da diversidade?”, explica Rick.
Se a resposta é “não”, e se a equipe não tiver nenhuma informação positiva sobre aquela empresa, a decisão é clara:
➡️ “A gente não divulga. Nem em junho, nem nunca mais. Pink money aqui não entra mais”, crava. ️
E a luta segue! Após a Parada, o DeuClick promete lançar uma curadoria com infos quentíssimas , críticas e pautas afirmativas sobre o levantamento que fizeram com mais de 30 marcas.
O recado tá dado: ✨ a luta é por dignidade do começo ao fim da vida! ✨