A Ford acaba de dar um verdadeiro salto no futuro da mobilidade elétrica! A montadora anunciou uma revolução em engenharia e manufatura para levar ao mundo uma nova família de veículos elétricos acessíveis, cheios de tecnologia e com aquela qualidade que já é marca registrada.
Apresentadas hoje, a Plataforma Universal de Veículos Elétricos e o Sistema Universal de Produção de Veículos Elétricos nasceram de uma mistura poderosa: a tradição de 122 anos da Ford com a agilidade e inovação de uma start-up do Vale do Silício. O resultado? Um ecossistema simples, eficiente e flexível, pronto para entregar carros definidos por software e com preço amigo — começando por uma picape elétrica média de quatro portas, que será produzida na Fábrica de Louisville (EUA) e também exportada. O lançamento está previsto para 2027.
️ “Adotamos uma abordagem radical para criar veículos acessíveis que entreguem tudo o que o cliente espera: design, inovação, espaço, prazer ao dirigir e custo de posse, produzidos por trabalhadores americanos”, disse Jim Farley, presidente e CEO da Ford. Ele destacou que o projeto nasceu de uma equipe enxuta, operando a três fusos horários de Detroit, e que a marca será pioneira na produção de baterias LFP prismáticas nos Estados Unidos.
O investimento é pesado: quase US$ 2 bilhões só na Fábrica de Louisville, somados aos US$ 3 bilhões já anunciados para o BlueOval Battery Park Michigan, totalizando cerca de US$ 5 bilhões para colocar a picape no mercado.
Plataforma inovadora e mais eficiente
Os números impressionam: 20% menos peças, 25% menos fixadores, 40% menos estações de trabalho e montagem 15% mais rápida. O chicote elétrico, por exemplo, será 1,3 km mais curto e 10 kg mais leve que o da geração anterior.
As baterias prismáticas de fosfato de ferro-lítio (LFP) entregam menor custo, mais durabilidade e zero uso de cobalto ou níquel. Elas fazem parte da estrutura do carro e ajudam a melhorar a dirigibilidade, criando um baixo centro de gravidade e uma cabine silenciosa com espaço surpreendente.
A nova picape vai ter espaço de sobra para passageiros e carga, com porta-malas dianteiro (frunk) e caçamba versátil — perfeita para transportar pranchas de surfe e outros equipamentos sem precisar de bagageiro ou reboque. E não é só sobre espaço: o modelo vai acelerar de 0 a 100 km/h tão rápido quanto um Mustang EcoBoost, mas com mais força descendente.
Doug Field, diretor de EVs, digital e design da Ford, contou que a inspiração veio do Modelo T. “Aplicamos engenharia de primeiros princípios, quebramos barreiras e criamos uma arquitetura elétrica zonal inédita no mercado. Não é apenas um carro tradicional simplificado”, afirmou.
Produção em formato de “árvore”
A Ford também reinventou o jeito de fabricar carros. Em vez da tradicional esteira única, três subconjuntos são montados separadamente e depois unidos: a frente, a traseira e a bateria estrutural — que já chega com bancos, console e carpete instalados.
As peças chegam aos operadores em kits completos, com todas as ferramentas e orientações, garantindo ergonomia e eliminando movimentos desnecessários. Isso vai permitir que a montagem da nova picape seja até 40% mais rápida que os modelos atuais, com ganho direto em qualidade e custo.
A fábrica de Louisville será expandida em 4.800 m², com logística mais eficiente e infraestrutura digital de ponta — incluindo a rede mais rápida e com mais pontos de acesso de toda a Ford no mundo, permitindo um controle de qualidade eletrônico ainda mais rigoroso.
As especificações finais — como preço, autonomia e tempo de recarga — serão reveladas mais perto do lançamento. Mas uma coisa é certa: a Ford quer, mais uma vez, mudar as regras do jogo na indústria automotiva.