Um ano com tantos momentos ruins marcados em nossa história, é sempre bom ter algo que nos ajude a distrair de todo esse caos. E o filme Mulher-Maravilha 1984 faz esse papel da melhor maneira possível. Podemos dizer que é o filme que nós precisávamos para esse final de ano. Um filme tranquilo, leve, divertido e para aqueles mais sentimentais, emotivo. Com uma mensagem final que por mais que seja clichê, é extremamente necessária para o nosso cotidiano, a esperança por dias melhores.
O filme nos mostra uma Diana, interpretada pela atriz Gal Gadot, muito mais experiente do que em seu filme antecessor. Ela já não é tão ingênua e é perceptível a vivência dela pelo mundo nas últimas décadas, foram 70 anos conhecendo e vendo pessoas partirem. Isso deve deixar uma marca em qualquer um, e conseguimos sentir um pouco disso durante o filme, a solidão da protagonista. Todo mundo já sentiu uma espécie de dor, todos nós já passamos por perdas e o filme faz questão de demonstrar isso de uma maneira bem sútil e ao mesmo tempo impactante.
No final, podemos dizer que a química leve, engraçada e bem emocionante de Diana e Steve carregam um bom peso do longa. Se você procura por um filme com cenas de ações a lá “John Wick”, então você vai estar vendo o filme errado. As cenas de ação do filme acabam sendo bem “irrealistas”, tendo que em alguns momentos esquecer da existência da gravidade, mas que não tiram nenhum pouco o mérito do filme, já que existem sequências de lutas incríveis. Outro fator que se destaca é a maneira que os figurinos são representados no filme, convertendo com a ideia dos anos 80 e servindo como um propósito dentro do roteiro, uma boa jogada da diretora Patty Jenkins.
Mulher-Maravilha 1984 é um filme feito para esse ano tão doido, para ver e rever com sua família e se divertir com os momentos cômicos, desenvolver uma ligação com seus personagens favoritos, quem sabe deixar uma lágrima cair, de se animar com uma certa “homenagem” e curtir uma aventura típica dos anos 80 que podemos dizer que está bem representada. O filme foge das estéticas de Zack Snyder com aquele toque “realista” e “depressivo” com algo mais alegre e divertido é claramente perceptível na fotografia mais clara e colorida. Tudo aquilo que essa heroína merece ser representada na grande telona. O que é um grande acerto da diretora Patty Jenkins.
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