Elis Regina, nascida em 1945, completaria 76 anos este ano. Em homenagem à cantora, a Universal Music acaba de lançar uma edição comemorativa de um dos discos mais sensacionais de Elis, com novas mixagens e masterização.
O disco foi revitalizado no formato original de LP, em CD e em edição digital e mostra o quanto há por se descobrir sobre o “som de Cesar” e as sutilezas de Elis Regina.
Ela sempre foi a única mulher entre tantos homens. Em 1972 entrou no estúdio da Phillips. Ela já tinha 4 álbuns nos quais não se orgulhava e esperava o sinal para cantar “20 anos blue”. Em 1964, embriagou-se do samba jazz no Beco das Garrafas até encontrar sua voz e sua turma no disco “Samba, Eu Canto Assim!”.
Um ano depois, ela vencia o I Festival de Música Popular Brasileira na Excelsior, com “Arrastão” e apresentava um programa de TV líder de audiência na Record.
As doze faixas de “Elis (1972)” revelam-se logo uma esforra emocional apaixonada e incessante deflagrada pela voz vida de Elis. “Não é a voz que canta”, ela dizia. E realmente, esse lançamento não é simplesmente sobre música.
Nada nesse álbum fica parecido com um relançamento convencional. É muito mais do que isso, principalmente levando em consideração a sutileza de um álbum feito em detalhes captados por quatro canais.
Quando Elis ouviu esse álbum pela primeira vez, ela fez uma pausa por alguns segundos, olhou para o produtor que o fez e disse: “Cara, eu sou foda escolhendo repertório!”.
Agora chegou a nossa hora de tentar entender o que Elis quis dizer. Da o play no álbum!