Possuindo como plano de fundo a história de superação das duas maiores tenistas da história, KING RICHARDS: CRIANDO CAMPEÃS é um acontecimento cinematográfico de duas horas e vinte seis minutos que passam de forma fluída e quando notamos que chegou em seu final fica óbvio aquela vontade de quero mais.
O novo lançamento da Warner Bros Pictures é completamente moldado no formato Oscar. História cativante, atuações marcantes, fotografia belíssima com paisagens de tirar o fôlego, além de contar com uma trilha sonora bem pensada que conta com todo o talento de Beyonce na canção exclusiva para o longa “Be Alive”.
O filme começa com as tenistas bem novinhas treinando com o pai (Will Smith) e a mãe (Aunjanue Ellis) nas quadras simples de Compton, California. Richard Williams estabelece um plano de carreira e acredita tanto em sua construção que em nenhum momento coloca obstáculos para realizá-los, transformar suas duas filhas nas maiores tenistas da história do esporte.
Em uma busca incessante atrás de treinadores capacitados para elevar o nível das meninas, Richard de tanto insistir consegue uma oportunidade com Paul Cohen (Tony Goldwyn), um famoso treinador e Venus começa a trilhar sua carreira avassaladora chegando a possuir um histórico de 63 vitórias seguidas em torneios amadores da categoria.
A história muda de rumo quando Richard Williams consegue o contato do famoso treinador de astros Rick Macci, vivido brilhantemente por Jon Bernthal (O Justiceiro), que muda e aprimora a forma de jogar das meninas levando a família Williams para a Flórida em seu grandiosíssimo centro de treinamento.
Porém o pai de Venus e Serana também é conhecido por suas polêmicas e elas não poderiam ficar de fora de um filme autobiográfico. Seus conflitos com filhos de outros casamentos, foco exagerado em seu plano de carreira, conservador e desejo de que as meninas não perdessem sua essência simples e humilde, acaba proibindo-as de disputarem campeonatos amadores até se tornarem profissionais. Ocasionando inúmeros conflitos para a família.
A direção de Reinaldo Marcus Green (Monstros e Homens) brilha nas cenas de jogo, um encontro bem especial com a edição do longa que conseguiu entregar belíssimas imagens das partidas transformando todas as cenas em momentos transformadores capazes de prender o público e não fazê-lo piscar. Mas vamos falar sobre Will Smith.
E o que eu posso dizer é …. Que espetáculo!
Um trabalho tocante do renomado ator capaz de entregar toda a dor e sonhos de um pai cheio de amor pelas filhas e com um objetivo muito claro. Vencer o preconceito, a dor, a angústia e fazer do mundo um lugar melhor para as suas filhas e principalmente para as jovens negras que nunca tiveram a oportunidade de correr atrás para realizar seus sonhos. Sua troca com a Oracene de Aunjanye Ellis são momentos que fazem com que o público não pisque diante da magnitude e entrega da dupla.
Saniyya Sidney (Venus) e Demi Singleton (Serena) além de entregarem atuações promissoras e serem capazes de construir uma ligação real familiar, elas ainda possuem grande semelhança com as atletas além do fato de realmente jogarem e viverem o tenis fazendo com que as cenas das partidas sejam realmente apoteóticas.
Mesmo não tendo se aprofundado grande parte da trajetória da Serena, KING RICHARD: CRIANDO CAMPEÃS cumpre seu papel e com certeza inspirará inúmeras gerações de jovens meninas e meninos que sonham em praticar esporte em especial o tenis. O longa fornece para a família o pacote completo e uma mensagem tocante em que acreditar nos nossos sonhos e correr atrás deles é o que faz a vida ser incrível.
O filme está disponível nas telonas, assista e se dê esse presente.
Será que vem Oscar aí? Eu estou na torcida!
Confira o Trailer: