Entre Mulheres | Review: Um debate e suas discussões

Começando mais uma review de um filme que está estreando, o filme “Entre Mulheres”, que foi baseado no livro do mesmo nome de Sarah Polley. O filme que foi distribuído pela Universal Studios chega hoje, dia 2 de março nos cinemas brasileiros, e claro, já assisti e venho aqui comentar um pouco sobre ele.

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(l-r.) Ben Whishaw stars as August, Rooney Mara as Ona and Claire Foy as Salome
in director Sarah Polley’s film
WOMEN TALKING
An Orion Pictures Release
Photo credit: Michael Gibson
© 2022 Orion Releasing LLC. All Rights Reserved.

Vamos começar pelo começo, pela sinopse. Em uma noite sombria, oito mulheres pertencentes à comunidade menonita se reúnem em um palheiro para discutir um assunto delicado e secreto. Durante os últimos dois anos, mais de cem meninas da mesma colônia foram vítimas de abuso sexual noturno pelos homens que vivem ali. Estes homens, que afirmam que demônios estão punindo as mulheres por seus pecados, têm drogado e estuprado repetidamente suas vítimas. Enquanto os homens estão ausentes, as mulheres têm apenas 48 horas para decidir juntas qual será o próximo passo: permanecer em silêncio, lutar contra os agressores ou fugir para buscar ajuda.

Antes de mais nada, fui na cabine de imprensa assistir ao filme sem ler muita a sinopse, e deparei com um filme que até pensei que se passasse em algum tempo no passado. Seja pelas roupas dos personagens, ou pela fotografia que parece sempre meio com a mesma cor, tipo meio azulado, parecendo um ambiente meio envelhecido e tudo. Mas nada, tudo se passa em 2010, e com um tema que parece atemporal e conecta passado e presente, onde mulheres sempre querendo lutar pelos seus direitos, ou até sendo julgadas por serem abusadas. 

A história em si acaba sendo meio lenta, por ser basicamente o filme inteiro onde representantes de três famílias diferentes debatem sobre se ficam ou se vão embora. Enquanto as irmãs Salome (Claire Foy) e Ona (Rooney Mara), a cética Mariche (Jessie Buckley) e as matriarcas Agata (Judith Ivey) e Greta (Sheila McCarthy) discutiam, não vou mentir acho que em alguns pedaços do filmes acabei me desconectando dele talvez até ser basicamente o filme ser mantido quase que por completo pelos diálogos. Até talvez seja essa onda de filmes de heróis ou até mesmo esses aplicativos TikTok faça com que nossa mente precise de coisas mais aceleradas, pode ser também.

Continuando na onda do roteiro, nele você consegue ver que cada personagem acaba tendo um jeito de lidar após os abusos. Umas acabam tendo ataques de pânico, ou de fúria, isso faz com que o debate sobre o que vão fazer acabe se estendendo, já que cada uma tem um conflito dentro de si. Isso traz um destaque para todas do elenco, que não como elevar só uma, apesar de como falei que cada personagem tem um jeito único de expressar os traumas, as personagens como um todo se destacam juntos.

Assim, digo que é um baita filme, apesar ser meio lento, mas que vale totalmente ser assistido. Lembrando que já está nos cinemas do Brasil.

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