Asteroid City | Review: Wes Anderson Criativo no Deserto. Confira!

banner de Asteroid City, de Wes Anderson.

Wes Anderson, o mestre da estética cinematográfica, mais uma vez nos presenteia com uma obra que redefine os limites da criatividade visual. Em “Asteroid City” – Universal Pictures, Anderson não apenas entrega uma narrativa envolvente, mas também nos transporta para um universo distinto, onde sua visão única é plenamente realizada.

Scarlett Johansson em cena durante Asteroid City.

Desde os primeiros frames, é evidente que o longa da Universal Pictures é uma viagem imaginativa como nenhuma outra. A paleta de cores e a simetria meticulosa que caracterizam o estilo de Anderson são levadas a um novo patamar, criando um mundo visualmente encantador e altamente estilizado. Cada enquadramento é uma obra de arte por si só, e a composição cuidadosa de cada cena é um testemunho do compromisso contínuo de Anderson em oferecer uma experiência cinematográfica verdadeiramente excepcional.

A estrutura do longa é dividida em três camadas, na primeira delas, Bryan Cranston (The Breaking Bad) como um apresentador de um programa, nos avisa que uma peça fictícia será apresentada. Depois, outros dois desdobramentos ocorrem: A criação dessa peça e seus bastidores, com destaque para Edward Norton como o dramaturgo e Adrien Brody como diretor e, é claro, como pano de fundo a peça em si, que por sua vez possui todo aquele visual lúdico criado por Anderson.

Bryan Cranston em cena durante Asteroid City.

A estrutura do longa é dividida em três camadas, na primeira delas, Bryan Cranston (The Breaking Bad) como um apresentador de um programa, nos avisa que uma peça fictícia será apresentada. Depois, outros dois desdobramentos ocorrem: A criação dessa peça e seus bastidores, com destaque para Edward Norton como o dramaturgo e Adrien Brody como diretor e, é claro, como pano de fundo a peça em si, que por sua vez possui todo aquele visual lúdico criado por Anderson.

A peça chamada Asteroid City, retrata a pequena cidade desértica localizada distante de tudo ao norte da América, possuindo como destaque o fato de um asteroide ter caído na região, criando uma gigantesca cratera na qual acreditam ter poder turístico e de crescimento. O ponto de conexão surge quando cinco famílias se hospedam no pacato motel de apenas dez cabanas administrado por um dedicado gerente vivido pelo brilhante Steve Carrel (The Office), ali reunidas por causa de um concurso científico infantil para seus filhos notáveis.

Wes Anderson dirigindo os atores Jason Schwartzman e Tom Hanks durante Asteroid City.

Os pais destes jovens funcionam a serviço de seus filhos, colocando seus interesses pessoais de lado. Augie (Jason Schwartzman) é um fotógrafo de guerra, Midge Campbell (Scarlett Johansson) vive do sucesso como estrela de cinema, além de Sandy (Hope Davis), Roger (Steve Park) e J.J. Kellogg (Liev Schreiber). Tendo como pano de fundo temas relevantes e profundos como o luto, crises, confusões, frustrações, descobrimentos … E não necessariamente pelos adultos.

Ao contrário de seus filmes anteriores do cineasta, que revelam suas essências rapidamente, Asteroid City vai fazendo charme, criando um laço com o espectador e o cativando desde os primeiros momentos. Mesmo com as informações não sendo reveladas a maneira que gostaríamos, Wes parece se delicia com esse atraso, colocando o público dentro da história improvável, para que aos poucos, nos surpreenda com debates e teorias além de imaginado.

A exploração da solidão, do pertencimento e da capacidade humana de adaptação cria uma camada de profundidade que ressoa mesmo após o término do filme. A cidade que dá título à obra não é apenas um cenário extravagante, mas um espelho da complexidade da condição humana.

Ah, não podemos esquecer de mencionar que temos um gigante representante brasileiro no longa, trata-se de Seu Jorge, que empresta seu carisma e habilidades musicais na participação especial integrando o grupo itinerante de cowboys músicos liderados por Montana (Rupert Friend).

Maya Hawke, Rupert Friend, Seu Jorge e demais atores durante cena em Asteroid City.

Anderson continua a desafiar as convenções e a criar mundos únicos que transcendem as telas. Embora muitas vezes seja rotulado como “estilizado demais”, esse filme é um exemplo de como a visão singular de um diretor pode resultar em uma experiência imersiva que se destaca no panorama cinematográfico.

Asteroid City estreia dia 10 de agosto em todo os cinemas, confira o trailer:

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