Nos últimos anos, o Brasil tem se destacado como uma potência no mundo do empreendedorismo. Com uma galera cheia de vontade de crescer, o país tem visto um boom de novos empreendedores, segundo uma pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM). O Brasil está no top 10 dos países mais empreendedores, com cerca de 14 milhões de pessoas investindo em seus sonhos, o que representa quase 10% da população adulta.
A gente sabe que o mercado de trabalho tá difícil, e isso tem incentivado muitos jovens brasileiros a correrem atrás dos próprios negócios. Seja pela busca por grana, autonomia, ou só pra poder trabalhar nos próprios horários, o empreendedorismo tem sido uma saída pra muita gente.
Mas nem tudo são flores nesse jardim. Por trás dos números animadores da pesquisa, tem muitos desafios. Muitos jovens empreendedores enfrentam problemas na hora de tocar o barco e fazer o negócio crescer.
Renan Kaminski, que manja dos paranauês como CMO e sócio da empresa 4blue, diz: “Muita gente começa na raça por falta de grana, e isso pode trazer uns perrengues na hora de gerenciar o negócio.”
José Augusto, empreendedor de 33 anos, sonhava em abrir uma cervejaria com os amigos, mas acabou se enrolando.
“Nós investimos pesado numa fábrica própria, compramos máquinas e reformamos o lugar todo pra fazer as cervejas. Mas aí veio a pandemia e a gente teve que trabalhar só com delivery por quase dois anos. Mesmo depois que a coisa melhorou, nunca conseguimos voltar ao que era antes, principalmente com tanta concorrência e os preços dos insumos lá em cima”, ele conta.
Hoje, cinco anos depois de abrir a cervejaria, José Augusto teve que voltar a trabalhar com carteira assinada pra se virar e pagar as contas do negócio.
Demanda Oliveira, CEO da Goshen Land e expert em expansão de negócios, avalia: “O caso da cervejaria mostra como é importante pensar bem antes de investir pesado num mercado inflado por crises temporárias. É crucial analisar a fundo o mercado a longo prazo e explorar outras opções, como parcerias ou otimizar os fornecedores, pra não correr o risco de perder tudo num lance só.”
O problema é que muitos desses jovens empreendedores acabam tropeçando na hora de crescer. Às vezes não sabem como precificar os produtos, ou acabam enfrentando dificuldades pra manter a margem de lucro.
Renan Kaminski alerta: “Pô, precificar é uma parte crítica do negócio. Se errar nisso, é capaz do seu negócio ir pro brejo. Tem que entender direitinho os números e o mercado.”
Marcos Paulo, que tinha uma doceria em casa, quis expandir e abrir uma loja física em 2023. Mas enfrentou uns perrengues pra fazer a coisa toda dar certo.
“Com a galera cada vez mais pedindo entrega em casa, é complicado atrair cliente pra loja física. A concorrência é braba, e ainda tem os custos altos de manter a loja e fazer marketing nas redes sociais. Tudo isso num momento em que o pessoal tá com menos grana no bolso”, ele observa.
Dema Oliveira, especialista em expansão, recomenda: “Na hora de expandir, é preciso agir com calma e estratégia. Não adianta só querer crescer sem base sólida. Tem que avaliar bem os lucros, as vendas, e escolher o momento certo. Analisar as opções, como o e-commerce ou franquias, com cuidado.”
No fim das contas, muitos desses jovens empreendedores estão aprendendo na marra. Abrir um negócio sem ter noção das responsabilidades e desafios é uma aposta arriscada, mas, pra muita gente, é a única saída pra ter uma vida melhor.
“É difícil mesmo. A maioria de nós não foi ensinada a lidar com dinheiro, a ter sucesso. Tem que estudar, se capacitar, entender como o negócio funciona, senão não tem jeito. Vai vender, vender, vender, e nunca ver a cor do dinheiro”, comenta Renan Kaminski.
O empreendedorismo jovem tá ganhando força por causa da globalização e das novas tecnologias, que tão abrindo espaço pra galera criar os próprios negócios em várias áreas. Mas, como tudo na vida, tem que ter cuidado e planejamento pra não se dar mal.
E aí, tá pensando em abrir seu próprio negócio? Então bora se preparar e botar a mão na massa!