A última segunda-feira (10) foi marcada por um evento inusitado na D-Edge, famosa casa noturna de São Paulo. Baby do Brasil, conhecida tanto por sua trajetória na música quanto por sua atuação como pastora, realizou um “culto balada” que misturou louvores, pregação e uma atmosfera eletrônica vibrante. O evento, no entanto, não ficou apenas na inovação musical e religiosa — declarações polêmicas da artista sobre “cura gay” e perdão a abusadores geraram grande repercussão.
Testemunhos e polêmicas
Durante a noite, testemunhos emocionantes marcaram o evento. Um deles, segundo a Folha de S.Paulo, veio de um participante que afirmou ter vivido como travesti antes de se converter, declarando ter sido “curado” pela fé e estar casado com uma mulher há 38 anos. A fala gerou reações diversas entre os presentes e reabriu o debate sobre a chamada “cura gay”.
Outro momento que incendiou as redes foi quando Baby pediu ao público que perdoasse seus abusadores, inclusive se fossem da própria família. “Perdoa tudo o que você tiver no seu coração aqui hoje, nesse lugar. Perdoa. Se teve abuso sexual, perdoa. Se foi da família, perdoa”, declarou a cantora.
Reações nas redes sociais
No X (antigo Twitter), a indignação tomou conta. Muitos internautas criticaram duramente as declarações de Baby, chegando a sugerir sua “interdição” e afirmando que suas falas poderiam ser consideradas criminosas.
“Interditem a Baby do Brasil, para o bem dela e para a paz dos nossos ouvidos”, escreveu um usuário. “Isso que a Baby do Brasil diz me parece criminoso. Ela não dá abertura para o estuprador, já que pede para mulher perdoar? Achei tudo isso um absurdo, tem que perdoar porra nenhuma”, desabafou outra internauta.
O evento continua repercutindo, dividindo opiniões entre fiéis e críticos da artista. Enquanto uns defendem sua liberdade religiosa, outros pedem medidas mais severas contra falas que, segundo especialistas, podem incentivar discursos perigosos.
Após o ocorrido, o empresário, e dono da D-Edge, Renato Ratier, compartilhou uma nota sobre. Segundo ele, a fala da Baby foi infeliz e que ela não conseguiu se explicar direito. Ainda acrescentou que a vítima deve denunciar o abusador, para o site Splash.
“Baby foi infeliz porque não pôde explicar o que quis dizer. Acho que ela quis dizer do perdão do coração, mas ela que tem que responder por ela, porque o perdão é uma coisa pessoal. A D-Edge defende que se a pessoa foi abusada, tem que denunciar. Estou chateado com isso porque não é o meu posicionamento, nem da D-Edge.” Renato Ratier ao Splash.
Além disso, o empresário publicou nas redes socias, uma nota pública. Segundo o mesmo, a ideia era abrir as portas para o culto e criar um espaço para conexão, acolhimento e fé.
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