Geração Z alega que respeito também é ganhar bem

Créditos: Guido Tavares

Se tem uma galera que não tá mais topando salário meia boca, é a Geração Z que diz. Segundo uma pesquisa da Robert Half, consultoria global de soluções em talentos, os nascidos entre 1997 e 2006 estão com as expectativas salariais lá em cima — e com toda razão, né?

Nada menos que 74% dos chefes entrevistados no Brasil disseram que os Gen Zs tão mais exigentes quando o papo é grana. E não é só um pouco não; 41% dos empregadores falaram que os jovens estão muito mais exigentes com o quanto ganham. Já entre os Millennials (28 a 43 anos), só 24% estão nesse mesmo pique, enquanto Geração X (44 a 59) e Baby Boomers (60+) parecem bem mais de boas (ou conformados? rs ).

O estudo ouviu 500 empregadores e 1.000 trabalhadores de todo o Brasil, e a Geração Z deu o nome tanto aqui quanto lá fora. Em nível global – com dados de Bélgica, França, Alemanha, Holanda, Suíça e Reino Unido -, 37% dos jovens Gen Zs estão mais rígidos com o quanto querem ganhar. E quem pode julgá-los? Com inflação, boletos e uma vida cada vez mais cara, não dá pra viver só de propósito e fotinho junto com emojis de aplausos no LinkedIn, né?

Mas calma que não é só salário. A Geração Z tá de olho em benefícios também! 72% dos empregadores disseram que os pedidos por vantagens extras aumentaram. Ou seja, não é só o vale-refeição que precisa ser generoso, o pacote todo tem que valer a pena.

De acordo com Amanda Adami, gerente da Robert Half, “as taxas de desemprego seguem em níveis historicamente baixos, o que aumenta a competitividade entre os profissionais e reforça a percepção do próprio valor no mercado”. O cenário é reflexo de uma geração que quer sim propósito e ambiente de trabalho massa, mas que também entende que reconhecimento financeiro é parte fundamental do rolê.

E se engana quem pensa que esse comportamento é só mimimi de jovem. 39% da Geração Z esperam um aumento nos próximos 12 meses porque se qualificaram mais, 34% porque bateram meta e 28% porque o custo de vida tá nas alturas. Sim, eles têm argumentos nem sempre, pois alguns querer ganhar mas não entregam dedicação, comprometimento com a empresa e muito menos com demandas extras.

Enquanto isso, os Baby Boomers estão mais na vibe “me ajuda aí que o mercado tá caro”, e Millennials e Geração X fazem aquele mix de querer crescer na carreira e ganhar mais por meta batida. Tudo válido. Mas o que ficou claro é: a Geração Z não quer migalha. Quer reconhecimento real.

Pra não ficar pra trás, as empresas precisam sacar essas diferenças e criar estratégias que unam grana boa, chance de crescer e qualidade de vida. O combo perfeito, como diz a própria Amanda Adami, “o equilíbrio entre reconhecimento financeiro, oportunidades de crescimento e qualidade de vida tende a determinar o sucesso das estratégicas de atração e retenção de talentos, agora e no futuro. As lideranças precisam estar atentas a isso para formar equipes de alta performance e sustentáveis no longo prazo”.

E aí, vai continuar oferecendo só cafezinho na copa ou vai chegar junto com proposta decente?

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