Abuso sexual infantil: Especialista alerta sobre sinais e prevenção

Foto: Divulgação

As recentes denúncias de abuso e a repercussão do vídeo do influenciador Felca — que expôs a grave questão da adultização precoce nas redes sociais e seus impactos — acenderam um sinal vermelho. O endocrinologista pediátrico Dr. Miguel Liberato reforça: não é preciso contato físico para que uma situação seja considerada abuso sexual infantil.

“Cerca de 70% das vítimas de estupro no Brasil são menores de idade. Isso significa pelo menos três ataques por hora envolvendo crianças e adolescentes. O termo abuso sexual infantil abrange qualquer ato de conotação sexual com crianças ou adolescentes, com ou sem contato físico”, explica o médico.

Segundo ele, a maioria dos casos acontece dentro de casa, cometidos por familiares ou pessoas próximas. Meninas — especialmente as que vivem em áreas periféricas, indígenas, com comprometimento neurológico ou puberdade precoce — estão entre as mais vulneráveis.

“Todos precisamos ficar atentos aos sinais que a criança apresenta. A prevenção é a nossa principal arma, e começa com informação e diálogo adequado. Os pais devem conversar desde cedo com os filhos, nomeando corretamente as partes íntimas e ensinando sobre limites. Isso ajuda a criança a identificar e comunicar situações fora do normal”, orienta o Dr. Miguel.

⚠️ Entre os sinais de alerta, ele destaca: queda repentina no rendimento escolar , regressão no desenvolvimento, retorno a hábitos como chupeta ou xixi na cama ️, além de referências sexuais incomuns em brincadeiras, desenhos ou falas. “Muitas vezes, a criança está reproduzindo algo que vivenciou”, alerta o especialista.

Outro ponto crucial: a atenção ao conteúdo que as crianças consomem na internet . Abusos que começam no ambiente virtual podem evoluir para encontros presenciais.

A mensagem é clara: informação, diálogo e vigilância são essenciais para proteger nossas crianças.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui