Prepare o lencinho, internet… A MTV Brasil, o canal que moldou toda uma geração de jovens, vai sair definitivamente do ar em 2025. Sim, é oficial: o conglomerado Paramount Skydance (sim, aquele mesmo da fusão bilionária ) vai encerrar todos os seus canais lineares no país, incluindo MTV, MTV Live, Nickelodeon, Nick Jr., Comedy Central e Paramount Channel.
Segundo apuração do portal NaTelinha, as operadoras já estão sendo notificadas: a partir de 31 de dezembro de 2025, nada mais de MTV na TV por assinatura. A estratégia da Paramount agora é focar 100% no streaming, com Paramount+ e Pluto TV, no formato D2C (Direct to Consumer) — ou seja, direto com o público, sem parcerias com operadoras. A ideia é se transformar numa Big Tech do entretenimento, vendendo conteúdo diretamente pro consumidor final.
Mas calma… essa história tem camadas.
A MTV que mudou tudo
Lá nos anos 90, a MTV Brasil chegou quebrando tudo! Foi a primeira MTV do mundo em sinal aberto (sim, nem os gringos fizeram isso antes!) e revolucionou o jeito de fazer TV. O primeiro clipe exibido, “Garota de Ipanema” na voz de Marina Lima, marcou o início de uma era em que a MPB se encontrava com o pop, e o videoclipe ganhava alma própria na telinha.
E, mano, quem viveu sabe: a MTV era o caos criativo que todo jovem amava! Os VJs — Astrid Fontenelle, Maria Paula, Zeca Camargo, Marina Person, Didi Wagner, Marcos Mion e Chay Suede — viraram lendas. Eles falavam como a gente, riam, improvisavam, erravam, e foi justamente por isso que a gente se via neles.
De “Comédia MTV” ao humor moderno
Foi ali também que nasceu o humor brasileiro que a gente conhece hoje! O lendário “Comédia MTV” (2010–2012) revelou nomes gigantes como Marcelo Adnet, Tatá Werneck, Dani Calabresa, Bento Ribeiro e Paulinho Serra — que depois invadiram a Globo e mudaram pra sempre o jeito de fazer humor na TV.
A MTV não era só música: era linguagem, atitude, zoeira e revolução. Falava sobre sexo, política, comportamento e identidade quando quase ninguém na TV tinha coragem.
O primeiro fim e o golpe do YouTube
A primeira “morte” veio em 2013, quando o Grupo Abril, dono da operação brasileira desde 1990, devolveu a marca pra Viacom (hoje Paramount). Foi o fim do sinal aberto e o começo da era na TV paga. Só que, ao mesmo tempo, o YouTube já tava dominando geral e os clipes migraram pra internet.
A MTV tentou resistir com realities tipo “De Férias com o Ex” (), mas o público já tava em outra. O canal, que ditava tendência, virou apenas um eco do que um dia foi.
O legado que ninguém apaga
Mesmo com o adeus oficial marcado pra 2025, o legado da MTV continua vivo em cada trend, cada corte rápido, cada estética de influencer. A linguagem dos vídeos curtos e da internet é filha direta da MTV.
A emissora foi uma escola de talentos, um laboratório de ideias e uma fábrica de cultura pop. Ensinou o Brasil a falar com os jovens como os jovens realmente falavam — com liberdade, humor e autenticidade.
E agora, com a decisão da Paramount Skydance de se tornar uma gigante tech e abandonar os canais lineares, a MTV Brasil vive seu segundo e definitivo fim. Mas quem viveu os anos 90 e 2000 sabe: a MTV não era só um canal, era um estado de espírito. Eu que tive o prazer de ser da primeira geração da tv foi uma honra trabalhar lá e ter tantos momentos na padoca REAL, e ter parcipado de eventos incríveis do “De Férias Com EX”, ido ao Prêmio MTV Miaw e sem esquecer do Meus Prêmios Nick do canal Nickelodeon era uma MTV para os mais novos.
Obrigado por tudo, MTV Brasil. Você mudou a história da TV , a minha história como jornalista e deixou um vazio que nem o algoritmo do TikTok vai preencher.
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