“Arandu”: curta-metragem de Itaquaquecetuba retrata juventude periférica

Créditos: Divulgação

Em Itaquaquecetuba, município da Grande São Paulo, jovens moradores decidiram transformar as próprias vivências em linguagem cinematográfica ✨, criando um movimento potente que nasce diretamente da periferia. O resultado é Arandu, um curta-metragem produzido por cineastas que usam o caminhar pelas ruas da cidade como metáfora para revelar sentimentos, dilemas e potências de uma juventude que cresce em territórios historicamente marcados por desigualdade, estigmas e invisibilidade social .

O filme acompanha Naldinho, personagem que percorre as ruas de Itaquá enquanto reflete sobre o que significa ser jovem, periférico e sonhador em um lugar onde as oportunidades são escassas e os preconceitos estruturais fazem parte da rotina ‍♂️. Nesse percurso, que funciona tanto como jornada física quanto simbólica, o curta aborda temas como o luto, o sentimento de rejeição e as incertezas do futuro, sem deixar de lado o orgulho e a resistência de quem escolhe permanecer, encarar os desafios e enxergar possibilidades dentro do próprio território .

A diretora Vitoria Rocha reforça essa virada de perspectiva ao comentar que “a periferia carrega muito estereótipo, muita narrativa contada de fora, a gente quis inverter esse olhar, mostrar como é crescer aqui, o que a gente sente, o que a gente sonha e o que a gente enfrenta todo dia” ️✨.

Créditos: Divulgação

Mais do que um filme sobre a cidade, Arandu nasce da relação íntima de Vitoria com Itaquaquecetuba ❤️. Moradora do município desde criança, ela cresceu observando o vai e vem das pessoas, os silêncios, as ausências e os detalhes que moldaram seu olhar sensível e sua vontade de contar histórias. Hoje, estudante da Universidade Federal de São Carlos, Vitoria transforma esse repertório em cinema, trazendo para as telas uma perspectiva construída a partir da vivência e da memória .

“Cada esquina daqui tem algo que me atravessa, que me lembra de onde eu vim e de quem eu sou, o filme também é sobre isso, sobre entender o território não como cenário apenas, mas como parte da gente”, explica a diretora ️.

Misturando elementos de ficção e documental, Arandu transforma o caminhar pela cidade em um exercício de autoexpressão e de disputa de imagens sobre a periferia ️✨. Partindo das ruas, dos rostos e das vivências cotidianas, o filme convida jovens tanto de Itaquaquecetuba quanto de outros contextos a se reconhecerem como protagonistas de suas próprias trajetórias .

A decisão de filmar nos trajetos reais da cidade faz de Arandu um gesto político e poético ao mesmo tempo ❤️. “Para além da tela, eu diria que o nosso projeto representa um gesto de afirmação coletiva, onde o cinema deixa de ser um lugar distante e se torna parte da vida, da identidade e do futuro de quem constrói o filme e de quem o assiste”, finaliza Vitoria .

Para mais informações sobre fotos, materiais de divulgação, sinopses e ficha técnica da equipe, o público pode acessar o EPK completo de Arandu ✨.

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