Prepare-se, Brasil: o cinema argentino acaba de mandar um presente irônico, ácido e deliciosamente provocador para as nossas telas. O filme “Homo Argentum” da Star Distribution Brasil (Disney) , que bateu 1,7 milhão de espectadores na Argentina e virou a maior bilheteria pós-pandemia por lá, estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta (20). E sim, tem motivo pra esse buzz todo.
Dirigido pelos consagrados Gastón Duprat e Mariano Cohn — os mesmos de “O Cidadão Ilustre” e “Meu Querido Zelador” — o filme transforma Guillermo Francella em um verdadeiro camaleão: 16 personagens diferentes, em 16 histórias curtinhas, que misturam sátira, crítica social e um retrato nada confortável (mas muito real) da identidade argentina.
Se parece TikTok de luxo? Alguns críticos disseram que sim. Mas o público nem ligou — lotou salas de cinema em apenas 11 dias, fez o longa pagar seus próprios custos milionários e ainda botou o presidente argentino Javier Milei pra comemorar nas redes sociais. O caos está servido.
⭐ Review: por que Homo. Argentum funciona tão bem?
“Homo. Argentum” é aquele tipo de filme que usa o humor pra dar uma cutucada forte. Tem hipocrisia, violência urbana, contradições culturais, família, treta política, comportamento social… e tudo isso embalado em histórias rápidas que fazem o espectador pensar e gargalhar de nervoso.
Francella brilha em cada quadro. Ele vira arquétipos do argentino moderno — e a graça está justamente em mostrar como a ficção e a vida real às vezes são quase a mesma coisa. É engraçado porque é verdade. E é incômodo… também porque é verdade.
O longa faz algo raro hoje: diverte sem subestimar ninguém. É um filme que conversa com a massa, mas entrega reflexões afiadas sobre cultura, cotidiano e sociedade. Não é pra quem quer algo “fofinho”. É pra quem gosta de cinema com personalidade.
Se tem polêmica? Tem. Se tem crítica rachada entre quem amou e quem odiou? Também. Mas o público venceu — e, honestamente, dá pra entender o porquê.
“Homo Argentum” estreiou ontem (20/11) exclusivamente nos cinemas brasileiros e chega ao streaming da Disney em 19 de dezembro. Se você gosta de cinema que faz rir e pensar (às vezes ao mesmo tempo), vai querer conferir.
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Colaboração:
Natasha Rodrigues
Kauê Naccarato
