007 Sem tempo para morrer | Review: O desfecho explosivo da saga de Craig

Créditos: Divulgação Universal

Quase um ano de espera para finalmente podermos assistir a conclusão da épica saga de Daniel Craig como James Bond. Sem tempo para Morrer não esconde em nenhum momento que é um filme de 007 da Universal Pictures, e conforme aposta em nostalgia também não esquece de inovar e acaba sendo a conclusão que queríamos para a saga de Craig.

Quando escalado para o papel o ator sofreu muito com as duvidas mas ficou marcado na história do personagem ao trazer um Bond mais humano. E é justamente essa humanidade que vai direcionar os acontecimentos aqui.

O Ápice do Bond sentimental.

Créditos: Divulgação Universal

Na sequencia inicial temos uma continuação direta do fim do filme anterior, continuidade característica única da saga de Craig. Após James e Madeleine Swann (Léa Seydoux) seguirem seu caminho rumo ao por do sol vemos o casal aproveitando muito bem seus momentos em um local paradisíaco. Obviamente isso não dura muito tempo.

Entre tiros, bombas e perseguições frenéticas o casal se separa “para sempre” após Bond perder a confiança na amada. Sendo assim, começamos de verdade esse novo capitulo com um Bond de coração perdido isolado na Jamaica, local onde Ian Fleming escreveu os seus romances.

Na primeira parte do longa é onde encontraremos o brilho de alguns personagens coadjuvantes. Infelizmente a grande maioria deles não continuará tendo destaque ou terá seu desenvolvimento prejudicado para priorizar Bond.

Enquanto vive seus dias de calmaria nosso protagonista acaba sendo chamado para um ultimo serviço por seu amigo Felix(Jeffrey Wright). Na Jamaica também temos a apresentação da nova 007, Nomi(Lashana Lynch), aqui temos um ótimo dialogo de apresentação e uma cena bem divertida.

Protagonista bem desenvolvido mas coadjuvantes desperdiçados

Infelizmente Nomi é um personagem que tem seu desenvolvimento prejudicado conforme a história passa. Apesar da boa apresentação no fim a personagem acaba restrita a ser somente uma personagem usada para mostrar que 007 é apenas um numero e ela se torna apenas uma sidekick do protagonista.

Créditos: Divulgação Universal

Já na sequencia seguinte temos o começo do 007 pelo mundo quando o espião vai para Cuba seguir os próximos passos da missão. E venho falar desse cena principalmente por ser uma das cenas mais engraçadas do filme, que teve Phoebe Waller-Bridge ajudando no roteiro. E pela participação da Ana Das Armas que está SENSACIONAL, a melhor coadjuvante do fundo e que infelizmente ficou restrita a apenas essa cena.

Dai pra frente vemos o desenvolvimento de Bond sofrendo com as consequências de ser um agente há muito tempo. A partir dai o nosso protagonista é forçado a reencontrar Madeleine e o antagonista do filme anterior Blofeld (Christoph Waltz) e descobrir a relação do atual antagonista com eles.

Infelizmente o antagonista Lyutsifer Safin (Remi Malek) não consegue convencer como um super vilão megalomaníaco. Os trejeitos e loucuras até estão lá, mas a falta de profundidade na história do vilão e na relação dele com Madeleine acabam decepcionando e entrando pro time de patinadas do final do longa.

Créditos: Divulgação Universal

O final que a saga merecia.

Apesar das patinadas Sem Tempo Para Morrer é com certeza um final muito honesto pra trajetória de Craig como o James Bond. Sendo assim o filme consegue trazer todos os elementos que fizeram da parceria de Craig com 007 um sucesso e parece ter a conclusão que faz sentido com toda a construção do personagem.

O longa é um prato cheio para fãs da franquia trazendo diversos elementos icônicos dos 007 antigos mas mantendo o estilo de inovação dos episódios recentes. Você pode esperar um ótimo filme de ação com muita testosterona.

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