A Casa Sombria | Review: Terror psicológico tem cara de Indie e brilho de Hall.

Se apaixonar, namorar, até você conhecer essa pessoa de verdade e casar. Seria um sonho? Mas quem te garante que o terceiro passo realmente foi dado? A Casa Sombria da Searchlight Pictures/Disney Studios, se utiliza de temas como luto e a psique humana para criar uma atmosfera de tensão e mistério.

O filme, que finalmente chegou aos cinemas brasileiros, estreou em 2020 no Festival de Sundance. Ele faz parte de lista de diversos filmes que sofreram para chegar ao público por causa da pandemia.

Uma trama simples feita para Hall brilhar.

Créditos: Divulgação

A trama do filme é simples e corriqueira para aqueles habituados com filmes de terror: Beth (Rebecca Hall) acaba de perder seu marido de uma foram trágica, Owen (Evan Jonigkeit) se suicidou e deixou apenas uma nota confusa para a esposa.

O conceito do filme é simples, se passando majoritariamente em apenas um cenário que é a casa de Beth. É o clássico filme indie onde quase todo o destaque fica na atriz principal e na busca de sua personagem por respostas enquanto tenta manter sua sanidade.

E podemos destacar como o auge do filme a atuação de Rebecca Hall, a atriz conseguiu criar uma personagem densa e cheia de camadas. Como resultado Beth se torna uma das poucas personagens em filmes de terror que não parecem burras, você entende suas motivações para tomar as atitudes que toma.

A casa sombria tenta trabalhar com diferentes formas de interpretação para o que está acontecendo com o Beth. Algumas vezes somos direcionados a pensar que o que a protagonista está vivenciando são apenas loucuras da cabeça dela. Por outras vezes temos indícios de que é realmente algo maligno que anda a sua espreita.

E é justamente a atuação de Hall que vai fazer você entrar constantemente nessa luta. Quanto mais ela começa a fugir de quem ela realmente é e vai começando a enlouquecer nós começamos também a duvidar de tudo.

Créditos: Divulgação

Um ritmo lento com poucos sustos.

Infelizmente para algumas pessoas (não para mim) o ritmo lento em que o filme caminha nos seus 2 primeiros atos pode atrapalhar. Desenvolver o passado de Beth, sua personalidade, sua relação com o Marido e com o luto leva tempo e pode incomodar muita gente.

Da mesma forma que o fato do filme não abusar de recursos como jumpscares e utilizar muitos simbolismos e artifícios cinematográficos para contar sua história também podem incomodar alguns telespectadores que não gostam de filmes com ritmo lento.

Créditos: Divulgação

Igualmente polemico temos o ato final do filme. O ato onde o ritmo fica muito mais frenético e onde algumas peças do quebra-cabeça se encaixam. Aqui o diretor opta por um final onde muitas perguntas ficam com uma solução pouco conclusiva para que você possa montar sua interpretação para a história de Beth.

Pra mim um final satisfatório, sou oficialmente um Hater do cinema que te obriga a mastigar toda e qualquer resposta para o seu telespectador. Acredito que abrir espaço para cada um interpretar e sentir a história de sua maneira é uma alternativa valida se não for mal usada e para mim esse é o caso de A Casa Sombria.

Em conclusão eu diria que é um filme satisfatório, tem poucas cenas de susto mas uma ótima atmosfera de tensão. Além disso temos a atuação primorosa da Rebeca Hall que com certeza não vai te decepcionar então eu diria que é um filme que vale a pena.

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