Geração Z anda mais cansada no trabalho, aponta pesquisa

Geração Z — Foto: Bruce Mars – Pexels

Claro que geral fica cansado, no trampo e tudo mais. Mas aparentemente, segundo a pesquisa de 2022 da BetterFly, 60% da Geração Z, de quem nasceu entre 95 e 2010, vem sentindo mais à exaustão e burnout. No entanto, os Millennials (1981 – 1995) não ficam para trás: 57% relatam exatamente os mesmos sintomas. Para quem não conhece a BetterFly, é uma plataforma de benefícios corporativos que integra bem-estar, proteção financeira e impacto social.

Geração Z 

Além da exaustão e sintomas de burnout, a geração Z também alega outros pontos no seu ambiente de trabalho que afetam o seu bem-estar. A sobrecarga de trabalho também é um problema (47%), seguido da vontade de pedir demissão (45%) e falta de reconhecimento (44%), além de tratamento injusto (25%). Quando questionados quais os principais fatores considerados para aceitar um emprego, a geração elenca remuneração (25%), possibilidade de crescer e se desenvolver (22%) e flexibilidade de horário ou modalidade de trabalho remoto/híbrido (16%) com os três principais.

Millennials 

Como mencionado, a exaustão é uma questão para 57% dos Millennials e a sobrecarga de trabalho também afeta 53% deles. Diferente da geração Z, a falta de reconhecimento (46%) vem antes da vontade de pedir demissão (43%). O ambiente de trabalho inadequado é outro ponto que incomoda 31% desta geração. A remuneração é ainda mais importante para os Millennials: 30% considera o principal motivo para aceitar um trabalho, seguido da flexibilidade de horário ou modalidade de trabalho remoto/híbrido (15%) e possibilidade de crescer e se desenvolver (14%).

Geração X 

A Geração X (1965 – 1981) também está exausta (50%), sobrecarregada (49%) e sentindo falta de reconhecimento profissional (49%). O número só cai se comparado às outras gerações quanto o tópico é vontade de pedir demissão (34%). O salário segue sendo o principal motivo para aceitar um emprego (28%). Mesmo que em menor porcentagem, a flexibilidade de horário ou modalidade de trabalho remoto/híbrido (14%) e a possibilidade de crescer e se desenvolver (13%) segue no top três motivos.

Baby Boomers 

Na contramão das outras gerações, o principal problema dos Baby Boomers (1945 – 1964) não é a exaustão – apesar de também estar no top três motivos – mas sim a falta de reconhecimento, que afeta 48% dos profissionais. Na sequência temos a sobrecarga de trabalho (40%) e os sintomas de exaustão de burnout (38%). Já os motivos para aceitar um emprego seguem muito similares aos das demais gerações: remuneração (26%) e a possibilidade de crescer e se desenvolver (15%). No entanto, os Baby Boomers trouxeram outro ponto diferente das demais gerações: a possibilidade de conciliar vida pessoal e profissional (10%). O relatório também mostra que todas as gerações gostariam que a empresa onde trabalham melhorasse a sua oferta de benefícios. Isso vale para 80,1% da Geração X, 79,1% dos Baby Boomers, 75,6% dos Millennials e 72,3% da Geração Z.

Para Virgínia Vairo, head de Pessoas e Cultura da Betterfly no Brasil, é necessário ter programas de bem-estar no local de trabalho, para a galera não ficar maluca das ideias. “Embora o tema seja, geralmente, associado às gerações Z e millennials, a força de trabalho de uma organização é composta de várias gerações, por isso é necessário compreender as características que formulam os valores de um grupo demográfico para determinar seus desejos e necessidades no ambiente de trabalho. O sucesso de um programa de bem-estar multigeracional depende de muitos fatores, um deles é a adaptação às necessidades e objetivos de cada colaborador da organização”.

Neste levantamento, a empresa ouviu mais de 4 mil trabalhadores em países como Brasil, Chile, Argentina, Colômbia, Espanha, Equador, México e Peru. A pesquisa foi realizada entre 27 de setembro e 06 de outubro, com homens e mulheres entre 18 e 65 anos. Os participantes tiveram a possibilidade de escolher mais de uma alternativa em suas respostas.

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