Ana Paula Minerato é investigada por racismo após áudio vazado; entenda o caso

A Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania abriu um procedimento administrativo para investigar o conteúdo de um áudio vazado nas redes sociais, no qual ataques racistas foram atribuídos à modelo Ana Paula Minerato.

O processo foi iniciado nesta segunda-feira (25) pela Ouvidoria da Coordenadoria de Políticas para a População Negra (CPPN), que informou que notificará as partes envolvidas e garantirá o direito de defesa preliminar. ️ Até o momento, o g1 não encontrou a defesa da modelo, mas o espaço continua aberto para manifestações. Em suas redes sociais, a mãe de Ana Paula se manifestou e afirmou que “a verdade vai aparecer”. ‍

Após o áudio ser divulgado, a Gaviões da Fiel, escola de samba da torcida organizada, afastou Ana Paula de todas as suas atividades. A rádio Band FM, onde ela apresentava um programa desde 2018, também a demitiu.

No áudio, a modelo supostamente conversa com seu namorado sobre a cantora negra Ananda, da banda Melanina Carioca, alvo dos ataques. Ela faz comentários ofensivos, dizendo: “Empregada do cabelo duro. Você gosta de cabelo duro? Não sabia que você gostava de mina com cabelo duro…”.

Como funciona o processo?

O procedimento aberto contra Ana Paula Minerato segue a Lei Estadual 14.187/2010, sancionada pelo ex-governador Alberto Goldman, que trata da regulamentação de processos administrativos por discriminação racial em São Paulo. ‍⚖️

Esse tipo de processo administrativo é conduzido pela Secretaria da Justiça e Cidadania, e a penalidade pode variar de advertência até multa, com valores entre R$ 17.680,00 e R$ 106.080,00.

Além do procedimento aberto nesta segunda-feira, a Coordenadoria de Políticas para a População Negra também está oferecendo apoio à vítima, com acolhimento e orientação. ‍‍

Fato importante: Dados exclusivos da Secretaria da Justiça e Cidadania, obtidos pela GloboNews, mostram que entre janeiro e outubro deste ano, foram registradas 279 denúncias de discriminação étnico-racial. O número é ligeiramente inferior ao de 2023, quando o órgão recebeu 329 denúncias.

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