A literatura é uma ferramenta super poderosa para quebrar tabus e fomentar discussões sobre a nossa realidade social! E, nesse espírito, as escritoras Monique Prada e Amara Moira deram um show ao criar seu próprio Clube do Livro, com o apoio da plataforma de anúncios de acompanhantes Fatal Model. Em comemoração ao Dia Nacional do Livro, que rolou em 29 de outubro, o projeto teve como foco a obra “Eu, Travesti“, escrita em parceria por Luisa Marilac e Nana Queiroz, com a missão de desmistificar preconceitos.
De Volta ao Passado: A História de Luísa
Lançado em 2019, o livro mergulha na juventude de Luísa, muito antes dela bombar com o icônico bordão: “E disseram que eu estava na pior”. Vinda de uma família conservadora e de classe baixa, a ativista mineira se assumiu travesti aos 17 anos. Mas sua trajetória não foi fácil: Luísa enfrentou o tráfico sexual na Europa e, em seguida, iniciou uma carreira na prostituição. Ela é uma verdadeira guerreira que transforma a dor em força! Sua luta está diretamente ligada aos direitos da comunidade LGBTQIAPN+.
“Contar minha história na biografia ‘Eu, Travesti’ foi uma forma de deixar uma mensagem para o mundo, para que olhem para pessoas como eu de uma forma diferente. É uma oportunidade de abrir os horizontes e dar voz a um grupo marginalizado, combatendo a transfobia que ainda permeia nossa sociedade. Precisamos mostrar que travestis são muito mais do que os estigmas impostos. Ao longo do tempo, percebi que minha visibilidade pode ajudar a mudar essa narrativa”, declara Luisa Marilac. ✨
Desafios da Literatura no Brasil
Além de ser um espaço de desconstrução, o Clube do Livro Fatal Model é uma chance de aumentar o público leitor no Brasil. Uma pesquisa da Nielsen BookData revelou que 84% da população brasileira acima de 18 anos não comprou nenhum livro em 2023! Os motivos? Preço, falta de lojas e, claro, a correria do dia a dia. ⏰
Essa desmotivação afeta diretamente a crise literária no país. Dados da Associação Nacional de Livrarias (ANL) mostram que, em 2014, existiam 3.095 livrarias no Brasil; em 2021, esse número despencou para 2.200.
Construindo um Futuro Literário
Iniciativas como o Clube do Livro Fatal Model, que foi criado em julho deste ano, mostram a importância de criar espaços acessíveis para a leitura. Criar uma comunidade acolhedora é essencial para que mais pessoas se sintam motivadas a cultivar o hábito da leitura! ❤️
“Nós acreditamos que o Clube do Livro da Fatal Model é uma iniciativa fundamental para construir ambientes acessíveis e acolhedores para a leitura. Criar uma comunidade onde todos se sintam bem-vindos é essencial para encorajar mais pessoas a adotarem o hábito da leitura. Através dos livros, ampliamos nossos horizontes, conhecemos novas realidades e desmistificamos preconceitos, tornando o ato de ler uma ferramenta poderosa de transformação social”, afirma Nina Sag, diretora de comunicação da Fatal.
Com cerca de 150 participantes, as obras escolhidas para o projeto refletem as lutas e experiências de trabalhadoras sexuais ao redor do mundo, sejam cis ou trans. O gênero desafia estereótipos e proporciona aos leitores novas perspectivas sobre o tema, promovendo diálogos respeitosos e necessários. ️
O evento contou com a participação de Nana Queiroz e aconteceu às 20h, ao vivo, no canal oficial do Clube do Livro da Fatal Model no YouTube.