Uma Batalha Após a Outra | Review: o rolê cinematográfico que você não sabia que precisava

Divulgação Warner Bros

Se liga: o filme “Uma Batalha Após a Outra” da Warner Bros chegou nos cinemas brasileiros no último dia 25, com aquele hype que já cheira a Oscar 2026. O diretor Paul Thomas Anderson, o mesmo gênio por trás de “Licorice Pizza”, se junta pela primeira vez a Leonardo DiCaprio pra entregar um filme que mistura ação, sátira, comédia e crítica social num pacote gigante de mais de três horas. E, mano, não é pouca coisa.

O longa é um tremendo teatro de exageros — caricato, ridículo (no melhor sentido possível) e empolgante. O diretor tenta inserir umas pitadas políticas e críticas sobre autoritarismo e extremismo, mas não rola de levar nada a sério. Tudo é exagerado demais, e isso, na real, é ótimo: mostra o absurdo de todos os lados, com personagens complexados, frágeis e cheios de falhas humanas.

A trama se baseia livremente no livro “Vineland” (1990) de Thomas Pynchon, aquele mesmo que inspirou “Vício Inerente” (2014). Aqui, DiCaprio interpreta um ex-revolucionário meio atrapalhado que precisa enfrentar seu antigo inimigo, Sean Penn, pra proteger sua filha, interpretada pela estreante Chase Infiniti. Tudo isso em um cenário fictício dos EUA sob um governo fascista que parece assustadoramente familiar à era Reagan e Trump.

Divulgação Warner Bros

Mas o barato mesmo é o ritmo: a montagem faz as três horas voarem , e as atuações são simplesmente impecáveis. Leonardo DiCaprio brilha com seu herói humano e improvável; Sean Penn rouba a cena com seu vilão magnético, assustador e, ao mesmo tempo, ridículo, que faz a gente torcer e odiar ao mesmo tempo; Benicio del Toro entra como sensei de karatê latino e salva imigrantes perseguidos; e Teyana Taylor entrega uma líder revolucionária cheia de atitude. Sem contar a fotografia que é um tapa visual, a trilha sonora nervosa de Jonny Greenwood (Radiohead) e o design de som que deixa tudo mais tenso e empolgante.

Divulgação Warner Bros

Mas nem tudo são flores : o filme carrega um olhar quase condescendente sobre minorias. Tem uma tentativa de representar mulheres e grupos historicamente marginalizados de forma idealizada, mas às vezes isso soa forçado demais. A ideia de reparar o passado histórico é válida, mas o excesso de “exemplo positivo” acaba quebrando a credibilidade. Ainda assim, não estraga a experiência: é mais um detalhe que rende debate.

E falando sério, a sensação ao sair do cinema é de ter participado de uma sessão de terapia cinematográfica . O filme consegue ser divertido, dolorido e reflexivo ao mesmo tempo. Ele não tenta dar respostas fáceis: fala de culpa, do peso de criar uma geração num mundo caótico, do ultraconservadorismo e das memórias que moldam nossa sanidade. É a vida, como grita Leonardo DiCaprio em suas várias ligações no filme: “Vida!”.

Divulgação Warner Bros

No fim das contas, “Uma Batalha Após a Outra” prova que uma obra-prima não precisa ser perfeita. Entre exageros, risadas e tensão, Anderson entrega mais uma aula de cinema — com política, ação, comédia e humanidade embaralhadas numa experiência que vai te deixar igual a nós: fangirl/fanboy de cinema novamente. Nota? 8/10 e recomendação pra maratonar sem medo.

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