Com as manobras radicais e a habilidade dos skatistas brasileiros ganhando destaque nos palcos globais, como nas Olimpíadas, o amor pelo skate está se espalhando pelo Brasil como um incêndio! De acordo com uma pesquisa recente da 213 Sports em colaboração com o Ibope Repucom, divulgada em novembro passado, cerca de 20 milhões de pessoas aderiram à vibe do skate desde 2019, representando uma comunidade de mais de 110,5 milhões de brasileiros maiores de 18 anos, espalhados por todas as regiões do país.
Em 2021, quando o skate fez sua estreia olímpica em Tóquio, os brasileiros não só arrasaram nas pistas, conquistando três medalhas, como também inspiraram uma verdadeira febre de produtos relacionados ao esporte. A busca pela palavra “skate” nas plataformas online deu um salto de 600%! Mas, claro, como em qualquer esporte cheio de adrenalina, os tombos fazem parte do pacote. Segundo um estudo sobre lesões no skate, conduzido pela Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, a galera do skate sabe bem o que é se ralar – 76% dos entrevistados já tiveram seu momento “ai!”.
Quedas são parte do jogo para skatistas de todos os níveis, dos novatos aos profissionais. O cotovelo, por exemplo, é uma das áreas mais castigadas, como aconteceu recentemente com John Textor, dono do time de futebol Botafogo, que teve que encarar uma cirurgia para consertar uma fratura. “Essas lesões variam de arranhões e contusões a fraturas graves”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo, Carlos Henrique Ramos.
Mas não é só o cotovelo que sofre. Os ombros também estão sob constante pressão durante as manobras, sendo comuns luxações e até fraturas. “Prevenir é o melhor remédio”, destaca o especialista. Equipamentos de proteção, como cotoveleiras e protetores de ombro, são essenciais, assim como praticar técnicas de queda segura e fortalecer os músculos dos braços.
E se o pior acontecer, não dê bobeira: procure ajuda médica imediatamente. O tratamento pode variar desde repouso e fisioterapia até cirurgia, dependendo da gravidade da lesão. “Um acompanhamento médico adequado pode garantir uma recuperação completa e reduzir o risco de complicações”, conclui o presidente da SBCOC.