Desde a descoberta do HIV, muita coisa mudou! O que antes era visto como uma sentença de morte, hoje é tratado com ciência, amor e qualidade de vida. Mas, infelizmente, o maior desafio enfrentado pelas pessoas soropositivas no Brasil continua sendo o preconceito e a desinformação. Esse cenário é um dos grandes obstáculos para o Dezembro Vermelho, campanha de conscientização que destaca a importância do tratamento do HIV e de outras ISTs.
Entre as muitas dúvidas, uma se destaca: casais com HIV podem ter filhos? A resposta é sim! Graças aos avanços na medicina, já é possível impedir a transmissão do vírus durante a gestação, o parto e até mesmo a amamentação. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 1 milhão de pessoas vivem com HIV no Brasil, muitas em idade reprodutiva e com o desejo de formar uma família.
Avanços que Transformam Sonhos em Realidade ⚕️
“Hoje, pessoas com HIV podem viver plenamente, com qualidade de vida e, se desejarem, experimentar a maternidade e paternidade. A ciência evoluiu tanto no tratamento quanto nas técnicas de reprodução assistida, como a Fertilização In Vitro (FIV) e a Inseminação Intrauterina, que tornam esse sonho possível”, explica Edson Borges Jr, Diretor Científico do Instituto Sapientiae e Diretor Médico do FERTGROUP.
Essas técnicas envolvem etapas como estimulação ovariana, recuperação oocitária e seleção de sêmen. No entanto, há restrições: mulheres soropositivas, por exemplo, não podem congelar óvulos, pois existe um pequeno risco de contaminação do material armazenado.
Como Funcionam as Técnicas?
Na Fertilização In Vitro (FIV), óvulos e espermatozoides são fecundados em laboratório, gerando embriões que depois são transferidos ao útero da mulher. Já na Inseminação Intrauterina, uma técnica menos complexa, os espermatozoides são colocados diretamente no útero durante a ovulação, permitindo que a fecundação ocorra naturalmente.
E tem mais uma boa notícia: “Com o preparo seminal adequado e a ausência do vírus no plasma seminal, casos de contaminação da parceira em tratamentos de fertilização até hoje foram zero”, afirma Edson Borges Jr.
Tratamento e Acompanhamento São Essenciais
Para garantir a segurança, é fundamental que as pessoas soropositivas estejam em acompanhamento com um infectologista. “É ele quem avalia a carga viral do paciente, garantindo que esteja indetectável, o que reduz significativamente o risco de transmissão”, destaca o especialista.
Prevenção e Combate ao Preconceito
A mensagem principal do Dezembro Vermelho é clara: pessoas vivendo com HIV podem e devem ter uma vida plena. A maior barreira hoje não é médica, mas social. “O Brasil é referência mundial no tratamento de HIV, mas ainda precisamos vencer o preconceito. O sonho da maternidade e paternidade é para todos que o desejam”, conclui Edson Borges Jr.
Ciência, respeito e informação andam de mãos dadas. Vamos quebrar tabus e espalhar amor! ✨