Francisco Cuoco: Tv Globo muda programação em homenagem ao ator

Créditos: Divulgação

“É importante que os personagens tenham vida própria. Prefiro que eles sufoquem o Francisco”… E foi exatamente assim que Francisco Cuoco viveu sua arte! Uma verdadeira galeria de personagens eternizados na memória dos brasileiros surge agora para celebrar o talento desse gigante da dramaturgia. O ator, que nos deixou aos 91 anos, em São Paulo, nesta quinta-feira (19), vítima de falência múltipla dos órgãos, marcou gerações com papéis icônicos como o taxista Carlão, de Pecado Capital (1975), o misterioso mago Herculano Quintanilha, de O Astro (1975), Tiradentes, em Saramandaia (1976), e Cristiano Vilhena, da primeira versão de Selva de Pedra (1972).

Nascido em 29 de novembro de 1933, na cidade de São Paulo, Cuoco chegou a cursar Direito antes de se jogar de vez na paixão pela arte. Desde pequeno, no tradicional bairro do Brás, ele já demonstrava encantamento pelo mundo do espetáculo. ‍♂️✨ Fascinado pelo circo que, vez ou outra, se instalava no terreno baldio em frente ao sobrado onde vivia com os pais, Antonieta e Leopoldo, e a irmã, Grácia, o menino logo transformava o quintal de casa no seu próprio picadeiro. E olha que o ingresso era bem acessível: um botão de futebol de mesa! ⚽

O mundo jurídico perdeu um advogado… mas o Brasil ganhou um dos maiores atores da história! Sem concluir o curso de Direito, Cuoco mergulhou no teatro, passando pelo Teatro Brasileiro de Comédia e pelo Teatro dos Sete, até conquistar espaço na televisão. Em 1966, brilhou na novela Redenção, da TV Tupi, como o médico Fernando Silveira, numa trama que teve quase 600 capítulos!

Na TV Globo, estreou em 1970, vivendo o padre Vitor em Assim na Terra Como no Céu. Daí pra frente, não parou mais! ⭐ Em 1987, protagonizou O Outro. Nos anos 90, esteve em sucessos como Tropicaliente (1994) e Quem é Você? (1996). E seguiu brilhando nos anos 2000, em novelas como O Clone (2001), América (2005), A Vida da Gente (2011), Sol Nascente (2016) e Segundo Sol (2018).

No remake de O Astro, em 2011, Cuoco deu vida ao enigmático Ferragus, enquanto via Rodrigo Lombardi assumir seu inesquecível Herculano Quintanilha. ‍♂️ E claro, também marcou presença em séries, minisséries e programas especiais como Sai de Baixo (2001) e A Grande Família (2004), sempre mostrando seu talento versátil e carisma que atravessaram gerações.

E aquele garoto fascinado pelos estúdios de cinema? A partir de 1999, Cuoco diminuiu o ritmo nas novelas e se jogou na sétima arte! ✨ Participou de filmes como Traição, Gêmeas, Um Anjo Trapalhão e Cafundó. Seu último trabalho no cinema foi Real Beleza, dirigido por Jorge Furtado, em 2015.

O amor pelo palco também falou mais alto! ️ Em 2005, após mais de duas décadas dedicado quase que exclusivamente à TV, Cuoco voltou ao teatro com a peça Três Homens Baixos, ao lado de Gracindo Jr. e Chico Tenreiro. ️

E não para por aí… ele também tinha uma queda pela música! Gravou o disco romântico Soleado (1975) e o CD Paz Interior, que trazia 16 orações católicas — mostrando mais uma faceta desse artista múltiplo.

Francisco Cuoco deixa três filhos: Rodrigo, Diogo e Tatiana. O velório será aberto ao público nesta sexta-feira (20), das 7h às 15h, no Funeral Home, no bairro da Bela Vista, em São Paulo. O sepultamento será reservado para familiares e amigos. ️

Como forma de homenagem, a TV Globo exibe nesta noite o Tributo a Francisco Cuoco, logo após o Jornal da Globo. ️ Por isso, o programa Conversa com Bial não irá ao ar hoje.

Uma despedida marcada por saudade, mas também por muita gratidão a esse mestre da dramaturgia brasileira. ✨

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